Vidro
Radiação solar
Composição dum raio solar
Um raio solar ao atingir a terra é composto aproximadamente por 3 % de ultravioletas
(UV), 55 % de infravermelhos (IR) e 42 % de luz visível.
Estas três partes da radiação correspondem respectivamente a três faixas de comprimento de onda. Os ultravioletas ocorrem de 0,28 à 0,38 μm*, a luz visível de
0,38 a 0,78 μm e os infravermelhos de 0,78 a 2,5 μm.
A repartição energética do raio solar global, em função do comprimento de onda entre
0,3 e 2,5 μm (espectro), numa superfície perpendicular à incidência do raio, é representada pela curva abaixo.
Este espectro determina os requisitos da norma EN 410 e um determinado número de parâmetros normalizados relativos à caracterização do ar e da radiação difusa.
Percepção da luz
A sensação de luz que nos é conferida pela radiação solar é devida à acção exclusiva duma radiação electromagnética situada numa faixa de comprimento de onda entre 0,38 μm e 0,78 μm.
Com efeito, são estas radiações que, com maior ou menor eficácia do nosso globo ocular dependendo do comprimento de onda, permitem o fenómeno fisiológico da visão. A eficácia luminosa das diferentes radiações permite transformar um fluxo de energia emitido por uma fonte de radiação num fluxo luminoso.
Características espectrofotométricas
Radiação
Quando uma radiação incide sobre um vidro, uma parte é reflectida, outra é absorvida através da espessura do vidro e uma terceira é transmitida.
A relação entre cada uma destas 3 partes e o fluxo incidente definem o factor de reflexão, o factor de absorção e o factor de transmissão do vidro.
Os vestígios destas três relações sobre o conjunto dos comprimentos de onda constitui as curvas espectrais do vidro.
Para uma dada reflexão incidente, estas relações dependem da cor do vidro, da sua espessura e, no caso do vidro com capa, da natureza desta última.
A título de exemplo, representam-se as curvas de transmissão espectral de:
- vidro