vidro temperado
Temperados para resistir
Com o mercado aquecido, é hora de prezar ainda mais a qualidade e a segurança do produto
Fotos: divulgação
Número de temperadoras tem crescido ininterruptamente nos quatro cantos do Brasil
42 o
vidroplano
E
m meados do século 20, surgiu a têmpera do vidro que passou, então, a garantir ao produto mais resistência mecânica e térmica. O processo, que se configura como um aquecimento gradual do material até aproximadamente
700oC, seguido de um rápido resfriamento, confere ao temperado o status de vidro de segurança. Isso porque, quando um temperado se quebra, ele se fragmenta em pequenos cacos pouco cortantes, diminuindo consideravelmente o risco de acidentes. Outra
agosto 2008
vantagem desse tipo de vidro é sua característica autoportante, fechando vãos sem o uso de caixilhos e esquadrias - apenas ferragens são suficientes para suportar o vidro.
A técnica da têmpera, que traz tantos benefícios aos consumidores finais, demorou a se consolidar no Brasil. Até a década de 1980, o número de fornos em atividade no País era bastante limitado. A situação começou a mudar em 1988, quando Ézio Cabib e Jean-Paul
Clément começaram a produção de fornos verticais na
Makivetro e, em seguida, criaram a Jepac, empresa exclusivamente dedicada aos fornos de têmpera e curvatura de vidro plano.
Na década de 90, assiste-se à entrada dos fornos horizontais trazidos pela Jepac (veja as características dos modelos vertical e horizontal no quadro), os quais, a partir do ano 2000, também passaram a ser fabricados em solo brasileiro pela Tamglass South America – marca pertencente ao grupo finlandês Glaston.
Além da facilidade de acesso à tecnologia, outros fatores impulsionaram o boom do mercado de têmpera nos últimos anos. Segundo Adilson Carlos Fernandes, técnico da SGlass, as vantagens do vidro temperado começaram a chamar a atenção de arquitetos e engenheiros. “A demanda cresceu mais do que as empresas