Vidro como instrumento de controle de luminosidade e calor
Miriam Fronza1
Taís Gross¹
Tuany Rizzatti Feron¹
Rodrigo Stahl Mariani2
Segundo Corrêa (2007) apud Omar (2011), nos setores comercial e privado, parte expressiva da energia elétrica – 23% no comercial e 47% no público – é consumida pelos sistemas artificiais de iluminação e climatização, numa clara tentativa dos usuários em melhorar o conforto térmico e a luminosidade nos ambientes internos.
Conforme Mascarenhas et al (1995), o uso de vidros nas fachadas é um exemplo da tentativa de melhoria das condições térmicas e luminosas, associado ainda ao caráter simbólico de modernidade atribuído ao vidro. Entretanto, destaca o autor que tal uso pode ter efeito inverso ao pretendido, constatado através de estudos que apontaram que, edificações com áreas envidraçadas muito grandes tendem a demandar uma maior carga energética das adequações em termos de conforto térmico e luminoso quando comparadas a edificações com áreas envidraçadas menores.
Importante observar que as características e composição do vidro influenciam significativa no seu desempenho. Exemplificativamente, podemos destacar que o vidro, ao ser atingido pela radiação solar, reflete uma parte desta, sem sofrer qualquer interferência, absorve outra parte, transmitindo o calor absorvido por condução e radiação, e terceira parte ultrapassa o material, agindo diretamente sobre o ambiente interno, fornecendo luz e calor a este (FROTA; SCHIFFER, 1995). Além disso, em relação a luminosidade e questão térmica, o ângulo de insolação possui papel importante: quanto maior o ângulo, menor será o índice de transmitância e maior será o índice de reflexão.
Para fins arquitetônicos, a preocupação principal do projetista deve ser voltada a utilização do vidro com características ideais de transmissão de luz e calor, objetivando alcançar a situação considerada ideal, onde o vidro seja capaz de minimizar os efeitos do calor, especialmente em dias quentes,