Videoclipe: A linguagem do videoclipe
Esse artigo adaptado da Revistapontocom é uma entrevista com Guilherme Bryan, trata de assuntos relacionado a juventude da década de 80 com o surgimento dos videoclipes no Brasil através da MTV e como isso ajudou a influenciar a juventude da época.
Autor do livro Quem tem um sonho não dança – cultura jovem brasileira dos anos 80, doutor em Ciências da Comunicação e autor da tese A autoria no videoclipe brasileiro, Bryan afirma que Michael Jackson foi um revolucionário quando o assunto era Videoclipes e grandes produções; adaptações de filmes e a linguagem do cinema para seus clips.
Segundo Bryan, Michael revolucionou os videoclipes e fez deles algo realmente fundamental não só para a divulgação de uma canção e seu disco, mas também de um estilo, postura e modo de comportamento. Ele demonstrou que valia a pena investir muito e contratar grandes profissionais para realizar videoclipes. Em Black or White, por exemplo, o diretor John Landis consagrou a técnica do morphing, em que rostos se transformam em outros. Em Bad, o diretor Martin Scorsese realizou uma espécie de West Side Story dos anos 80. Isso sem esquecer, é claro, que Spike Lee filmou Michael Jackson no Morro Dona Marta, no Rio, e no Pelourinho, em Salvador, com o Olodum, para o clipe They Don’t Care About Us.
Bryan afirma que os videoclipes não seguem uma única estética ou definição exata, que é um gênero audiovisual relativamente curto e gira em torno de uma canção especifica onde são criadas imagens para ilustrar uma única canção. Geralmente os videoclipes tem cortes secos em grande quantidade, possuindo o que se denomina de “edição picotada” que posteriormente viria a influenciar o cinema, a publicidade e outros gêneros televisivos. É um gênero diverso e que se adapta aos diferentes espaços de divulgação, mesmo com o decorrer dos anos, seja na Tv, no cinema, em celulares ou internet, por ter o poder de entreter em poucos segundos. Ele compara a praticidade