Videocassete
O mercado de VCRs no Brasil começa no início da década de 1980. Os primeiros aparelhos eram trazidos do exterior legal ou ilegalmente e por se tratarem de equipamentos feitos para o mercado americano funcionavam no padrão de cores NTSC, o que no Brasil resultava na gravação e reprodução de imagens apenas preto e branco. Pensando nisto a SONY passou então a importar do Panamá aparelhos no formato Betamax já adaptados para o sistema brasileiro, , o PAL-M,para atender o mercado que começava, porém por conta das taxas de importação os aparelhos eram caros. Na mesma época os VHS que chegavam ao país eram quase todos contrabandeados e por isto tinham um preço muito menor. Com a possibilidade de serem adaptados para o sistema de cor brasileiro em oficinas de manutenção de equipamentos eletrônicos a um preço muito baixo, sua difusão foi muito grande. Importante citar que tal adaptação criou um sistema de cor não oficial chamado de N-Linha.
Naquela época, o mercado de fitas pré-gravadas era baseado apenas em fitas importadas ou trazidas informalmente. Logo a maneira de conseguir filmes e programas para se assistir era filiar-se a um “vídeo-clube” onde a condição de entrada para os novos sócios era o fornecimento de fitas de vídeo pré-gravadas que integrariam o acervo do clube para serem "emprestadas" a outros sócios. Não havia cobrança de aluguel, mas sim de uma "taxa de manutenção", o conceito era disponibilizar fitas passando ao largo da legislação de direitos autorais que restringia a locação. Não havia uma oferta de filmes ou programas em Português, assim pequenas empresas legendavam ilegalmente os filmes ou mesmo pirateavam cópias legendadas dos cinemas. Com o início da produção de aparelhos VHS e Betamax no Brasil e consequente expansão do mercado, os estúdios de cinema e distribuidoras passaram as oferecer fitas legendadas ou dubladas em Português as quais vieram acompanhadas de uma pressão pela legalização do setor. Isto implicava em acabar