s executivos brasileiros estão menos satisfeitos com o equilíbrio entre vida familiar e profissional do que os líderes de outros países. A conclusão é do estudo International Family-Responsible Employer Index (Ifrei) 2011, realizado pela IESE Business School e ISE - Educação Executiva. De acordo com o levantamento, que ouviu 5.500 executivos de alta gerência dos cinco continentes — sendo 300 brasileiros — 12% dos homens e 13% das mulheres no Brasil estão plenamente satisfeitos com a relação trabalho-família. Na média global, 27% dos homens e 29% das mulheres se dizem absolutamente contentes com esse equilíbrio. Essa disparidade acontece, em boa parte, por conta das políticas de recursos humanos adotadas pelas companhias. Cesar Bullara, coordenador do Ifrei 2011, explica que práticas que ajudam a equilibrar vida pessoal e profissional como a flexibilidade no horário de trabalho e a possibilidade de fazer “home office” são mais disseminadas nas empresas europeias do que nas brasileiras. “De uma forma geral, o brasileiro tem uma jornada de trabalho mais rígida, que pode afetar seu grau de satisfação com a relação trabalho-família”, diz Bullara. O estudo também mostra que mais mulheres disseram ter uma baixa satisfação nesse quesito — 17% ante 10% dos homens. O especialista ressalta que o cuidado com os filhos e a casa ainda recai sobre elas e, por esse motivo, fica mais difícil para as mulheres conciliar as agendas pessoal e profissional. A satisfação, porém, melhora um pouco entre as profissionais que têm chefes do mesmo sexo. “Talvez por terem necessidades semelhantes, as líderes mulheres consigam ajudar mais suas subordinadas a encontrar um equilíbrio entre trabalho e família”, justifica Bullara. De acordo com o estudo, um ambiente “familiarmente responsável” traz vantagens para as empresas como um comprometimento maior das equipes. “Um ambiente que possibilita a conciliação entre trabalho e família aumenta a produtividade e cria vínculos mais