vida
1
INTRODUÇÃO
As formulações farmacêuticas sempre foram conhecidas como potencialmente perigosas. O interesse público e profissional por esse assunto su rgiu no século XX.
Entre 1870 e 1890 foram criados, comitês de comi ssões para investigar mortes súbitas durante anestesia por clorofórmio. Em 1937, a morte de 107 pessoas, após o uso de um elixir de sulfanilamida, levou o FDA (food and drug administration), a investigar a segurança de novas drogas antes de permitir sua comercialização. Alem desses incidentes, muitos outros incidentes ac onteceram, porem, foi o desastre com a talidomida, em 1961, que levou à instituição de novas jurisdições, em todo o mundo, para a regulamentação da droga antes de sua comercialização. (GRAHAME; SMITH;
ARONSSON, 2004)
As reações adversas a medicamentos (RAM
), são definidas como qualquer efeito não desejado decorrente do uso de medicament os em doses terapêuticas, entre elas, as reações imunológicas. (A
LVAREZ; BUENDIA, 2002)
Estima-se que 5% - 15% dos paciente s tratados com algum medicamento apresentem algum tipo de reação adversa. Já em pacientes hospitalizados, essa incidência é de 30%. (CRIADO, 2004)
Em estudos realizados pela Sociedade Espanhola de Alergologia e Imunologia clínica, verificou-se uma incidência de
RAM em 12,5% dos pacientes sendo que 63% desses desenvolveram algum tipo de reação de hipersensibilidade. (ALVAREZ;
BUENDIA, 2002)
As reações imunológicas ou de hipersensi bilidade, podem ser diferenciadas quanto ao mecanismo de ação de acordo com as características clínicas. No geral, essas reações ocorrem após a re-exposição do indi víduo à droga, pois a memória imunológica específica costuma não existir antes da prim eira administração da droga. Alem disso, a droga deve possuir estrutura química capaz de provocar resposta imunológica do paciente. (SILVA; ROSELINO, 2003)
Dentre as drogas que mais causam reaçõ es imunológicas estão as penicilinas, sulfonamidas e