vida

Durante a Segunda Guerra Mundial, nos Estados Unidos, foi criado o Projeto Manhattan, o primeiro projeto de Big Science da ciência moderna, que visava defender principalmente os interesses americanos, mas com a ajuda de países como o Canadá e Inglaterra. O desenvolvimento da Big Science neste período pôde ser constatado pelo grande número de cientistas trabalhando em um projeto de pesquisa, maior número de descobertas científicas em um curto tempo, menor liberdade de investigação, aumento da interdependência entre ciência e tecnologia e do emprego de equipamentos sofisticados, entre outros. O projeto em questão demonstra o surgimento deste novo estilo de ciência pelas suas características: vínculo da pesquisa com questões militares e corrida armamentista, muitas instalações, milhares de pessoas integrantes e orçamento bilionário.

Projeto Manhattan era um codinome do plano secreto dos EUA para desenvolver bombas atômicas para uso na guerra, e consistia de pessoas, locais e recursos para a pesquisa atômica. Seu fim culminou em 1945 nas famosas bombas Little Boy e Fat Man, lançadas em Hiroshima e Nagasaki, respectivamente. Muitas pessoas estavam divididas quanto à decisão de usar a bomba contra o Japão, sob os argumentos de que o projeto reduziria o número de mortes e poria fim à guerra, ou de que os japoneses se renderiam de qualquer maneira. O único fato indiscutível foi que esta ação gerou a morte de centenas de milhares de pessoas, num período de cinco anos, seja diretamente pelas bombas, ou por câncer, devido à radiação.