vida
1984, em todas as Unidades de Ensino do País.
Na década de 90, discutia-se no Serviço Social a conjuntura brasileira, face às mudanças no cenário mundial: a globalização da economia, o neoliberalismo, a reestruturação produtiva, o desemprego, o aprofundamento da desigualdade social e o aumento da exclusão social, em nossa sociedade, que causam uma crescente precarização da qualidade de vida de vários segmentos da sociedade. Essa realidade propunha ao profissional de Serviço Social novos desafios, que deviam ser enfrentados no cotidiano de sua prática profissional, pois as “modificações estruturais vividas pela sociedade brasileira, rebatem diretamente no conjunto de segmentos que configuram a clientela ou os usuários dos serviços profissionais” (Quiroga, 1999, p. 159).
Passados dez anos da implantação da proposta curricular anterior, compreendeu-se que se fazia necessária, mais uma vez, uma profunda revisão da formação profissional, e iniciou-se, em 1994, um amplo processo de reavaliação do currículo vigente, em encontros promovidos pela ABESS em todo o
Brasil. De 1994 a 1996 foram promovidas cerca de 200 oficinas locais nas 67 unidades acadêmicas filiadas à ABESS, 25 oficinas regionais e duas nacionais. Uma nova proposta de formação foi elaborada, aprovada em Assembléia Nacional da ABESS e encaminhada ao Conselho Federal de Educação. Os cursos foram promovendo estudos para a elaboração dos currículos plenos e implantação do Novo
Projeto de Formação Profissional, de acordo com as Diretrizes Curriculares.
A proposta centra-se na questão social, “entendida no âmbito da produção e reprodução da vida que tem no trabalho o seu elemento fundante” (ABESS/CEDEPS, 1996). São diretrizes curriculares da formação profissional: capacitação teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa. Isso significa que o curso de Serviço