Vida
Na Democracia Ateniense, os princípios de abertura política ao povo eram mais claros e concisos, onde a experiência democrática realmente obteve a sua vez, porquanto se sabe que apesar da votação popular que decidia por tudo fosse uma realidade, a formação das elites sempre foi também algo determinante, quando os oradores seduziam as massas e manipulavam as votações de acordo com os seus interesses. Não havia espaço para as marionetes, como as de hoje, pois a autoridade era detida pelos que dominavam bem a retórica e sabiam articular com precisão as suas manobras em favor de alianças e interesses.
Segundo Aristóteles, o carro-chefe da sociedade não poderia ser entregue ao povo em todas as suas funções e minúcias, pois a existência de um grupo pensante e elitizado era fundamental para que a condução ao menos pragmática da sociedade fosse mantida, o que remonta a idéia de que a Democracia, com sua ênfase da palavra, jamais poderia existir.
Há um questionamento que envolve o rumo da nossa experiência democrática moderna. Na Democracia ocidental, as mazelas sociais do submundo distorcem ainda mais os conceitos primordiais do termo Democracia, colocando a racionalidade das pessoas em uma problemática estrutural, real progressiva.
A imagem que se apresenta e que se explora do fator democrático nas atuais sociedades ocidentais é uma construção ininterrupta de uma estrutura globalizada entrelaçada aos amplos fatores econômicos, políticos e sociais.
O cinismo da informação alienante do mundo capitalista termina