Vida loka
11/09/2009
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Num vídeo do YouTube, uns camaradas ateus tentam mostrar a um camarada cristão que a Bíblia não é uma prova da existência de Deus.
Afinal, se um livro é a prova da existência de algo, é melhor tomarmos cuidados com Sauron e pedirmos ajuda a Frodo. O cristão – ao que parece defensor do ensino do criacionismo nas escolas estadunidenses -, argumenta que O Senhor dos Anéis é um livro muito recente para provar o que quer que seja.
E o ateu então joga a Ilíada e a Odisséia como livros mais antigos que a Bíblia e que, então, serviriam para provar a existência de Cíclopes e outros seres mitológicos.
E disse, ao ser inquerido, que a Iliada e a Odisséia seriam sim mais antigos que a Bíblia. Confesso que, embora eu tenha entendido o ponto deles (que algo estar escrito em um livro não serve como evidência de nada), achei que pudesse haver um erro cronológico ali.
Embora editada como a conhecemos hoje ela seja bem mais recente, o livro mais antigo da Bíblia data de algo entre 1600 a 1400 a.C. Segundo esta fonte, seriam os cinco primeiros livros escritos por Moisés, conhecidos como Pentateuco ou Torá, entre 1450 e 1410 a.C.
No entanto, a Odisséia e a Ilíada em todas as minhas pesquisas deram datas como 800 antes de Cristo aproximadamente. Portanto, bem mais jovens que o mais antigo livro do Pentateuco. Claro que a tradição oral que o suposto Homero organizou é ainda mais ancestral. Mas ainda assim.
Pensei então na possibilidade de o Mahabharata ser mais antigo. Mas isso faz menos sentido ainda. As invasões bárbaras arianas ao Vale do Indo que proporcionaram o livro (segundo esta fonte, bhárata quer dizer “saqueador”), que tem sete vezes mais versos que a Ilíada e a Odisséia juntas, teriam acontecido por volta de 1500 a.C. De fato, o livro data do século II depois de Cristo e alguns historiadores estendem essa data para o século IV