VIDA DOMESTICA MEDIEVAL
A relação íntima, pouco existente nos dias de hoje, entre domesticidade e trabalho era o que ditava a disposição dos espaços residenciais medievais. Os materiais para construção destas casas geralmente eram locais. Eram casas em fileiras contínuas de quarteirão fechado e acesso no térreo, verdadeiras muralhas, reflexo de tempos conturbados. Nessas casas quase não se utilizava do vidro, visto que era um material dispendioso, mas a partir do século XV tal situação muda, e o mesmo passa a ser mais visto nas janelas e portas das casas. Já no século XVI uma frase diz tudo sobre o uso do material nas construções: “mais vidros que paredes”. No entanto, era preciso observar as condições do sítio no qual este material seria inserido, nos meridionais da Europa, por exemplo, esta ideia foi freada, visto o calor abundante da região. Vários materiais e técnicas foram experimentados e conforme as complicações apareciam vinham novas soluções técnicas, como a caiação dos tetos de palha para melhor resistirem ao fogo. Já a planta baixa de uma casa variava conforme a região e o século, mas existiam características comuns a todas. Muitas casas eram adaptadas à medida que os negócios cresciam, crescia assim a concorrência entre os espaços domésticos e de trabalho. Mas a produção em massa e a concentração dos teares em celeiros alterou esse quadro quebrando e rompendo o viver doméstico com o trabalho. Esse hábito de morar no local de trabalho, conservado por muito tempo, foi uma herança típica da idade média. A primeira alteração que modificou radicalmente a forma da cidade medieval foi o isolamento, quer seja para o sono, o almoço, a religião e por fim do pensamento, e mesmo na planta da casa acontece essa separação da casa com a cozinha. Mas percebemos que a função define esses espaços, nos Estados Unidos, percebemos isso claramente, lá como quase não háempregadas domésticas uniu-se e reestabeleceu-se visualmente e funcionalmente essas