Jovens na Idade Média
Do ponto de vista formal, contudo, em geral havia grande divergência entre a teoria e a prática na estrutura da educação. As disciplinas estavam divididas em sete “artes”, a saber: retórica e dialética (o Trivium), aritmética, geometria, astronomia e música (o Quadrivium), e as matérias de nível superior, que eram a teologia, o direito e a medicina. Mas, enquanto a divisão das matérias de ensino superior estava refletida na organização da universidade, pelo menos até o final da Idade Média, no nível inferior não se tratava de um programa de estudo, mas de uma estrutura conceitual um tanto indefinida, no âmbito da qual havia grande liberdade de variação de ênfase e de desenvolvimento. Os professores podiam selecionar e dar maior destaque às matérias de seu próprio interesse, ou discutir aqueles tópicos e textos que consideravam mais importantes para a sua época. No nível elementar, as crianças eram ensinadas a ler, e depois a escrever, cantar e realizar algum cálculo básico (essencial para o calendário cristão). Um elemento, entretanto, é onipresente: desde cedo, o saltério figurou com destaque; os salmos podiam