Vida de Álvares de Azevedo
Manuel Antônio Álvares de Azevedo (São Paulo- Rio de Janeiro) foi um escritor da segunda geração romântica (Ultra-Romântica, Byroniana ou Mal-do-século), contista, dramaturgo, e poeta .
Um aspecto característico de sua obra e que tem estimulado mais discussão, diz respeito a sua poética, que ele mesmo definiu como uma "binomia", que consiste em aproximar extremos, numa atitude tipicamente romântica. É importante salientar o prefácio à segunda parte da Lira dos Vinte Anos, um dos pontos críticos de sua obra e na qual define toda a sua poética.
É o primeiro a incorporar o cotidiano na poesia no Brasil, com o poemas Idéias íntimas, da segunda parte da Lira.
Figura na antologia do cancioneiro nacional. E foi muito lido até as duas primeiras décadas do século XX, com constantes reedições de sua poesia e antologias. As últimas encenações de seu drama Macário, foram em 1994 e 2001.
Quando começou a escrever, ja sentia os primeiros sintomas da tuberculose.
Contudo, suas poesias mostram uma idéia fixa em sua própria morte, provavelmente por saber do estado de saúde em que se encontrava. Entretanto, o poeta também passou pela experiência da morte prematura do irmão e de seus colegas de faculdade.
Álvares de Azevedo parecia viver uma dualidade de sentimentos que são transpassadas para sua literatura: ora é meigo e sentimental, ora é mordaz e trágico. Por ter o pessimismo como âncora de seus poemas, foi considerado o responsável pelo “mal do século”, caracterizado pelo sentimento melancólico e pelo desencanto.
Álvares de Azevedo tinha fixação pelo tema morte. Ele é um representante da segunda fase do romantismo brasileiro, intitulada "mal-do-século". Na sua poesia predominam o subjetivismo, a melancolia e o sarcasmo. O amor idealizado e as figuras de virgens intocáveis também são recorrentes. A morte funciona como fuga da realidade e libertação do eu-lírico.