Viado

Este interessante pensador inicia nossasdiscussões sobre liberdade. O interessante é que Espinosa nos diz que liberdade, ao contrário do que uma grande tradição de pensadores considera, não é algo que se dá em oposição à necessidade: liberdade éviver de acordo com as necessidades.
Esta ideia se liga com a curiosa noção que este sujeito tem de Deus. Deus não é um criador que existe fora de nós: a natureza, da qual somos parte, é Deus. Bem, elearrumou encrenca quando resolveu dizer isso e a comunidade judaica não gostou, dedicando-lhe uma simpática carta de excomunhão:
Maldito seja de dia e maldito seja de noite, maldito seja em seu deitare maldito seja em seu levantar, maldito ele em seu sair e maldito ele em seu entrar; não queira Adonai perdoar a ele, que então semeie o furor de Adonai e seu zelo neste homem e caia nele todas asmaldições escritas no livro desta Lei. E vós, os apegados com Adonai, vosso Deus, sejais atento todos vós hoje. Advertindo que ninguém lhe pode falar oralmente nem por escrito, nem lhe fazer nenhumfavor, nem estar com ele debaixo do mesmo teto, nem junto com ele a menos de quatro côvados.
: Comparamos elementos do pensamento político de Espinosa e de Karl Marx.
Abordamos, centralmente os conceitos de Multidão, democracia e o caráter do Estado em ambos autores. Concluímos que existem de fato muitos elementos que denotam proximidade entre o pensamento político de Marx com o de Espinosa. Exemplo disso é que ambos autores compreendem que a multidão constitui o sujeito político mais importante da sociedade, sendo que esta deve determinar os rumos da sociedade. Nessa perspectiva, ambos defendem a ampliação máxima da participação da multidão na vida política da sociedade. Ambos convergem na defesa de uma democracia plena, com participação