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TITULO
Ainda nos primeiros anos da ditadura militar, surgia um jornal que ia de encontro ao comportamento da época. Abordando temas como sexo, drogas e o feminismo e usando um vocabulário totalmente diferente dos outros jornais, O Pasquim entrou para a história com suas pautas e seus textos únicos. Tendo uma equipe que contava com nomes de extrema relevância para o futuro do país, tais quais: Ziraldo, Millor Fernandes, Ferreira Gullar, Tarso de Castro e Sergio Cabral, o jornal passou de uma tiragem inicial de 20 mil exemplares a mais de 200 mil quando atingiu o seu auge na década de 70. Após a instituição do AI-5, o O Pasquim serviu como porta-voz do povo contra o governo. O jornal já iniciou sua história conseguindo o que todos os jornais aspiram: um furo de reportagem. Em seu primeiro exemplar, O Pasquim já anunciava que o general que viria a governar o país seria Emilio Médici. A partir do ano de 1970, os funcionários do jornal passaram a sofrer com frequentes prisões. Entretanto, com a ajuda de entidades como Chico Buarque, Odete Lara e Glauber Rocha, O Pasquim manteve-se ativo sob a liderança de Millor Fernades, que conseguiu sair da cadeia. A repressão ao jornal era tanta que bombas eram lançadas nas bancas que vendiam jornais como O Pasquim. Em março de 1975 a censura prévia foi retirada do Pasquim, porém os efeitos causados pela mesma nunca mais seriam recuperados, fazendo com que o jornal deixasse de dar as caras nas bancas em 11 de novembro de 1992.
Em 2002, Ziraldo e seu irmão, Zélio Alves Pinto, lançaram uma nova edição de “O Pasquim”, renomeado Pasquim21, porém este deixou de ser publicado pouco depois em 2004.