Veículos menos poluentes
Por Fernando Valeika de Barros
EXAME Já houve um tempo em que ecologistas e fabricantes de automóvel ficavam em cantos opostos do ringue, quando o assunto era poluição. Para os verdes, os veículos eram demonizados pela fumaça e ruído. Do lado das fábricas, por anos, meio-ambiente foi um assunto secundário. Só que os tempos mudaram. No recente Salão do Automóvel Genebra, um dos principais eventos do gênero no planeta, os modelos eram expostos tendo como destaque não apenas o número de cavalos de seus motores ou a velocidade máxima atingida por eles, mas quantidade em gramas de dióxido de carbono emitida pelos seus escapamentos. Este dado, antes absolutamente ignorado, também já ganhou destaque nos salões do Automóvel de Detroit, em janeiro passado, no de Tóquio e no de Frankfurt, em setembro de 2007, indicando que há uma nova lógica no mundo dos carros. Com temas como aquecimento global e sustentabilidade ganhando cada vez mais importância para os consumidores, ninguém que produz carros quer parecer como vilão da poluição.
Por uma questão de estratégia, rapidamente, os departamentos de marketing de cada uma das empresas tentam capitalizar os progressos alcançados e, além do discurso verde, o que se vê uma floresta de siglas ecológicas – algum as delas bastante parecidas, por sinal – para tentar capturar a simpatia dos consumidores. Embalados por esta onda verde, os automóveis da Renault agora são ECO2, na alemã Opel, Ecoflex, na Ford ou ECOnetic, na Volkswagen, BlueMotion, na Peugeot, BlueEfficency, na Mercedes e por aí vai. Em outro front, milhares de pesquisadores se mobilizam para encontrar materiais mais fáceis de serem reciclados, quando o carro terminar a sua trajetória. Mexe-se até nos métodos de produção, com fábricas mais limpas e que gerem menos impacto ambiental.
É verdade que todos estes esforços feitos pelos fabricantes de automóveis para fazerem