Operação Fumaça Negra
A poluição atmosférica nas grandes cidades tem-se constituído numa das mais graves ameaças à qualidade de vida de seus habitantes. Os veículos automotores são os principais causadores dessa poluição em todo mundo (CETESB).
As emissões causadas por veículos carregam diversas substâncias tóxicas. Dentre as fontes mais agressivas à saúde humana está à chamada fumaça preta ou negra. Esta fumaça é o resultado da queima de combustível incompleta, composta basicamente por carbono, oriundas dos veículos automotores à óleo diesel (O CARRETEIRO, 2012). Sendo os ônibus e caminhões, os principais responsáveis pela emissão de fumaça preta, respondendo por 28,51% das 63 mil toneladas de material particulado lançadas anualmente no ar na região metropolitana de São Paulo (CETESB).
Durante os meses de inverno, as condições climáticas tornam-se desfavoráveis à dispersão dos poluentes, pois, nesse período, ocorrem menos ventos, o ar é mais seco e raramente chove, isto faz com que os poluentes fiquem concentrados juntos ao solo, numa camada baixa que impede a dispersão dos poluentes. Este fenômeno piora a qualidade do ar e resulta no aumento do número de internações e de mortes por doenças respiratórias e cardíacas. Neste período a CETESB promove a Operação Inverno, campanha de cunho institucional cujo objetivo é alertar e conscientizar a população dos riscos da poluição do ar e as formas de ajudar a combatê-la. Também é intensificada a fiscalização de fumaça preta e são organizados comandos de fiscalização em todo o Estado de São Paulo (CETESB).
Um dos primeiros métodos para fiscalização de fumaça negra foi a escala de Ringelmann, criada em 1898. A escala de Ringelmann é uma escala gráfica para avaliação colorimétrica da densidade da fumaça, nela consistem seis padrões com variações entre a coloração branca e preta. Os padrões desse método são apresentados por meio de quadros retangulares, com redes de linha, espessura e espaçamento sobre um fundo da cor branca.