Veritas
O presente texto trabalha a estimativa do número de índios existentes na costa brasileira no período correspondente a chegada dos portugueses entre 1549-1599 e as possíveis causas de sua extinção, trabalhando alguns fatores relacionados a guerra, a fuga para o sertão, o cativeiro e as enfermidades.
Sabe-se que o número de índios existentes era grandíssimo. Para estudá-lo, Palacin recorre às fontes próximas da época que por sua vez traz descrições exageradas como as do padre Sebastião Gomes que chega a compará-los a formigas. Também existem relatos mais precisos como o do padre Pinto sobre o sertão da Capuába em relação aos índios potiguares, no entanto, são dados sem base sólida que devem ser observados com ceticismo.
Sobre a extinção dos índios, sabe-se que ela não aconteceu de forma uniforme em todos os lugares, mas pode-se dizer que onde os portugueses já tinham seus estabelecimentos fixados o numero de índios era bem menor como no caso das capitanias antigas da Bahia e Pernambuco, em que há relatos das formas de tratamentos dispensadas aos índios, em relação a sua separação familiar, da terra e a imposição de trabalhos, entre outros.
Sabe-se que todo povo tem seus conflitos internos. Em relação aos índios, suas guerras na maioria das vezes eram desencadeadas em busca de vingança. Os portugueses colonizadores sabendo disso influenciaram mais o aumento das rivalidades tribais para ganhar força e estabelecer autoridade, mesmo sendo advertidos pelos jesuítas a não praticarem essa ação. Quando os colonizadores se fortaleceram passaram a desenvolver campanhas, guerras que se tornavam em massacres humanos.
Em relação à fuga dos índios para o sertão, sabe-se que a mesma aconteceu na medida em que foram aumentando o grau de exploração servil imposto pelos colonizadores, além disso, tinha a humilhação e o massacre familiar que