Verdade e mentira
“Sobre a verdade e a mentira no sentido extra-moral“ de Friedrich Nietzsche
Por: SILVA,Patricia Mara
”As verdades são ilusões, das quais se esqueceu que o são, metáforas que se tornaram gastas e sem força sensível, moedas que perderam sua efígie e agora só entram em consideração como metal, não mais como moedas.”
Nietzsche,1876
Venho apresentar minha analise e reverencia ao texto “A Verdade e a mentira no sentido extra- moral” de Friedrich Nietzsche, publicado em 1873. Um texto esplendido que nos mostra toda sensibilidade do filosofo alemão, que usa de uma linguagem quase poética para tratar da discussão sobre a construção da verdade pelo homem, esta verdade que rege seu mundo pelo universo da razão.
“O que é a verdade, portanto? Um batalhão móvel de metáforas, metonímias, antropomorfismos, enfim, uma soma de relações humanas, que foram enfatizadas poética e retoricamente, transpostas, enfeitadas, e que, após longo uso, parecem a um povo solidas, canônicas e obrigatórias.” Pq 34
Suas primeiras palavras no texto são de critica e desprezo ao comportamento arrogante da humanidade perante a natureza, dizendo que sobre os olhos e os sentidos humanos, repousa uma nuvem de cegueira gerada por essa altivez e arrogância com que é cultivado o saber, que os engana sobre o valor da existência, pois traz em si valor sobre o próprio saber de modo vanglorioso e orgulhoso. Com ainda mais desprezo, nos descreve a humanidade através de uma fabula, demonstrando o quão pequenos e desprezíveis somos diante do universo. Descreve nossa existência como apenas “o minuto mais soberbo e mais mentiroso da historia universal.”
Nós homens, usamos o disfarce como meio de competição e conservação do individuo, assim como um touro usa de seus chifres. Estamos representando todo o tempo, fazendo um jogo teatral diante dos outros e de nos mesmos, não temos ciência do quanto é improvável de acontecer entre os homens um honesto e puro impulso a verdade. Que estamos imersos em