verbos
Antes da sopa quente, o sermão
Saciados de pedra pedem perdão
Dedos e lábios queimados de outro verão
Gritos ecoam pelo viaduto
Um se destaca: Grito de terno e gravata
Dentre todos, o mais fajuto
Jura de pé junto que tem o poder da palavra
Lava a própria alma e vai embora pra casa
Agora o que ecoa é o silêncio
Dejetos humanos e restos frios de alimento
Exalam a dor na dança do vento
Enquanto corpos, um a um desacordam abençoados na casa
De agora em diante enxergo tudo que passou com a clareza de um diamante e a saudade de quem ficou.
E só!
Aguardo em paciência!
O acúmulo da ausência, guardo, vira essência... dos sonhos que ainda carrego em mim.
Vento forte sopra e destila versos prontos de suas rimas.
Deixo a poeira baixar...
Prefiro escrever minha própria sentença.
Quando o apanhador de sonhos apanha a dor de sonhos e a traz para a realidade, Não há mais possibilidade de dormir.
Atraso de vida é ter pesadelo acordado!
Meu travesseiro, de pena, carrega o peso de meus olhos vidrados!
Os espelhos da alma! Juntando os cacos, dá 14 anos de azar...
Ainda construo meu forte, faço um amuleto da sorte ou da morte...
A que vier primeiro será bem-vinda a entrar!
Se o café é um conforto para a mente, a fé mente para um conforto qualquer. Nem sei o que farei da minha vida quando o efeito do café passar! Talvez eu caia em um sono profundo e só acorde no próximo minuto, ou talvez compre uma garrafa de vinho, a mais barata de todas, pra diluir essas lembranças que me custam um preço absurdo. E no fim de tudo, que me sobre um pingado quente de fé para me manter sóbrio diante das promessas de um paraíso expresso, de certo, servido frio.
Com os instintos à flor-da-pele, ele vagava pela metrópole. Olhar fixo, atento às belas curvas das fêmeas de sua espécie, não deixava escapar uma. Fantasiava que alguma cadela ninfomaníaca poderia corresponder ao seu olhar de