Verbo haver e os verbos defectivos
O verbo “haver” e os verbos defectivos.
Laureate International Universities- Ibmr
Rio de janeiro, 10/05/2012
O verbo haver:
O verbo haver é conjugado em todos os tempos e modos como qualquer outro verbo. É, porém, pouco utilizado em todos os tempos e modos. Isso acontece porque no Brasil, não o usamos habitualmente em todos os seus significados. Por exemplo, haver, quando for pronominal (haver-se), significará, dentre outros, proceder socialmente, conduzir-se, comportar-se. No entanto são raríssimas as pessoas que dizem frases como a seguinte:
“Os jovens de hoje não se hão como os de antigamente”. Querendo dizer que os jovens não se comportam como os de antigamente. Caiu em desuso tal verbo.
O verbo haver é mais utilizado hoje em duas ocorrências: como auxiliar de locução verbal e como verbo impessoal: 1) Como auxiliar de locução verbal: junto a particípio (verbo terminado em –ado ou em –ido, dentre outras terminações) de outro verbo forma o que chamamos de tempo verbal composto.
Neste caso tem o mesmo valor do verbo ter, que é inclusive, o mais usado por nós brasileiros. Veja a seguir os exemplos: “Ele tinha pedido demissão.” = “Ele havia pedido demissão.”.
“Se ele tivesse pedido demissão.” = “Se ele houvesse pedido demissão”.
“Espero que ele tenha trazido os documentos.” = Espero que ele haja trazido os documentos.”.
Observe que, nos dois últimos exemplos, o verbo ter é mais familiar a nós que o verbo haver. 2) Como verbo impessoal: o verbo haver será impessoal quando significar existir ou acontecer ou ainda quando indicar tempo ocorrido. Quando haver for impessoal, deverá ser conjugado na terceira pessoa do singular obrigatoriamente. Isso se explica pelo fato do verbo impessoal não possuir sujeito. Se não há sujeito não há com quem concordar. Veja os exemplos:
- Haver = existir: “ Haverá deuses enquanto alguém acreditar neles.” = “Existirão deuses enquanto alguém acreditar neles.”.
- Haver