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NÃO BASTA EXISTIR, É PRECISO VIVERPostado em Maisa Intelisano
Não basta existir, é preciso viver. E viver é muito mais que existir.
Viver implica aprender e, para ser aprendiz, é preciso humildade para reconhecer a própria ignorância.
Viver implica educar-se para o amor, e, amando e amado, experimentar a angústia de saber-se iluminado sem sentir-se luz, vivenciando as dores e as venturas de sentir-se completo sem poder ser pleno.
Viver implica movimento. E não há movimento sem esforço e atrito.
A vida é dinâmica, jamais se estanca. Vibra serena e sem pressa, embora nunca pare para esperar quem ignore seu ritmo.
Para existir, basta estar. Para viver, é preciso ser, por inteiro. E para viver, ainda que existindo, é preciso ser estar e estar, num ser único.
Viver implica acreditar-se imortal e eterno, mesmo sabendo que nada é permanente.
Viver implica progredir, ir adiante, avançar.
Viver é existir de todas as formas e em todas as dimensões, amando cada uma delas.
Para viver, não basta ver, ouvir, pensar e falar, pois estas são manifestações da existência. Para viver, é preciso sentir, mergulhar em si mesmo e sair, novamente, para observar-se sem paixão.
Viver implica iluminar-se e, sob a luz da própria consciência, apontar os próprios defeitos e limites.
Viver implica assumir a responsabilidade pelos próprios atos, transformando-os todos em gestos de amor e compaixão.
Viver implica conhecer-se, profundamente, e, ciente de si, deixar de enganar-se, trabalhando para mudar aquilo que não está bem.
Viver implica reconhecer, no universo, o próprio lar; nas humanidades cósmicas, a própria família; na criação infinita, o próprio berço; e na natureza a própria saúde e o único sustento.
Não há vida sem troca, não há troca sem perdas, não há perdas sem ganhos, não há ganhos sem lutas, não há lutas sem dor, não dor sem razão; e não razão fora da vida.
Viver é muito mais que existir, mas ninguém aprende a viver plenamente sem