valores que interferem na sociedade
AÇÕES QUE FEREM A ÉTICA E QUE INTERFEREM NOS VALORES DA NOSSA SOCIEDADE
Caso Virgínia Soares de Souza, acusada de matar sete pacientes numa UTI em Curitiba
TÉCNICO EM NUTRIÇÃO E DIETETICA
Angélica Dias, Edgar Lopes, Josileide Rodrigues,
Maycon Bastos, Mª Lucineide, Melissa Moreira,
Renata Palmeira, Ronaldo Garcia, Thais Souza.
Os feitos da médica Virgínia Soares de Souza, acusada de matar sete pacientes numa UTI em Curitiba
A equipe médica da UTI acelerava a morte de doentes em estado grave. Manipulava padrões de oxigênio de aparelhos respiratórios e ministrava aos doentes um coquetel de sedativos e bloqueadores neuromusculares. A combinação dos procedimentos comprometia a respiração e dificultava a passagem de ar para os pulmões dos enfermos. Na maioria dos casos, ela disse, o óbito se dava em poucas horas. Quase sempre por asfixia. O motivo, era “liberar os leitos da UTI” para acomodar novos pacientes. A maioria dos funcionários discordava da prática, mas muitos eram coniventes “por obediência à chefe”. Referia-se à superior, a doutora Virgínia Helena Soares de Souza, diretora da Unidade há sete anos. A doutora Virgínia decidia quem deveria viver ou morrer na UTI. “Quando cheguei ao trabalho, a doutora Virgínia me olhou diferente, achei que tivesse descoberto. Não era nada. Eu estava com medo, mas aliviada porque havia feito a minha parte.” Por meio de certidões de óbito, promotores confirmaram nomes, dia e hora da morte de pacientes mencionados na denúncia anônima. Ainda que nos documentos não aparecessem os remédios usados, ou a evolução do quadro clínico dos doentes antes da morte – dados disponíveis apenas nos prontuários médicos –, algumas coincidências consolidaram as suspeitas. Ainda assim, pairava a dúvida se as acusações tinham sido motivadas por vingança pessoal contra a médica ou o hospital. O Núcleo de Repressão aos Crimes contra a Saúde, da Polícia Civil, passou a investigar o caso,