Valoração ambiental das unidades fitoecológicas

VALORAÇÃO AMBIENTAL DAS UNIDADES FITOECOLÓGICAS REMANESCENTES DA BACIA HIDROGRÁFICA DO IGARAPÉ FORTALEZA

OLAM – Ciência & Tecnologia, Rio Claro, SP, Brasil – ISSN: 1982-7784 – está licenciada sob Licença Creative Commons

Arnaldo de Queiroz da Silva [1] Luis Roberto Takiyama [2] Salustiano Vilar da Costa Neto [3] Odete Fátima Machado da Silveira [4]

CONTEXTUALIZAÇÃO

A bacia hidrográfica do igarapé Fortaleza, localizada entre os paralelos 00º 06’ 14”N – 00º 03’ 20”S e coordenadas 51º 02’ 14”’ W – 51º 09’ 56” O, possui 193 km² de área, e é uma das menores das 39 bacias hidrográficas presentes no estado do Amapá (AMAPÁ, 2002). A despeito de sua pequena dimensão, ela abriga a maior parte das duas principais cidades do estado – Macapá, a capital, e Santana, a segunda em população e importância econômica. A população estimada em 2009 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – vivendo nesta bacia é de aproximadamente 463 mil habitantes (BRASIL, 2009), o que equivale a uma densidade populacional de 2239 hab/km², bastante divergente da realidade do estado que apresenta uma densidade média de 4.17 hab/km². Isso faz dessa bacia uma das mais pressionadas quanto aos seus aspectos ambientais, com problemas relacionados principalmente à ocupação irregular de áreas úmidas que nesta bacia tem expressiva representação e são de reconhecida fragilidade natural.

As principais unidades fitoecológicas presentes na bacia do igarapé Fortaleza são: (1) cerrado – que ocupa terrenos Terciários e é o ambiente onde se processa a ocupação urbana mais intensa; (2) floresta de várzea – presente na margem do rio Amazonas e ao longo do curso do igarapé Fortaleza; (3) floresta de terra firme –

OLAM – Ciência & Tecnologia – Rio Claro / SP, Brasil – Ano IX, Vol. 9, n. 2, p. 354 Janeiro-Julho / 2009 www.olam.com.br – ISSN 1982-7784 – http://cecemca.rc.unesp.br/ojs/index.php/olam/index

que se desenvolve em terrenos secos sem influência das marés e, (4) campos