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Vale prevê crescimento menor da China com cautela do setor privado
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PEDRO SOARES
DO RIO
O presidente da Vale, Murilo Ferreira, disse que a Vale previa um crescimento de 8% a 8,5% da China neste ano, mas tal patamar poderá não se confirmar diante da menor disposição do setor privado em investir no país asiático, o principal cliente da mineradora.
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Segundo o executivo, as perspectivas apontam para uma expansão de 7% a 7,5%, o que o Ferreira considera como um bom resultado especialmente porque se segue à uma base já elevada de crescimento dos anos anteriores.
Para Ferreira, a construção civil na China já dá "claros sinais" de forte expansão, mas a produção de manufaturas (indústria) ainda registra fraco desempenho. Tal setor, porém, já começou a esboçar uma reação em julho, segundo o executivo.
Ferreira afirmou a China se manterá como principal fonte de dinamismo da economia mundial. "Quem apostar no 'PCC, o Partido Contra a China' vai perder novamente."
Segundo ele, o país deve manter sua transição de um modelo de crescimento baseado no investimento para o lastreado pelo consumo e já vinha tomando medidas nesse sentido até mesmo antes da crise --que antecipou e intensificou esse processo. "A Ásia tem dois terços da população mundial e quer levar riqueza para aquele lado do mundo."
Diante disso, diz, a Vale se pauta pelo longo prazo e pelo consumo de minério que a ampliação do consumo permitirá não só na China, mas em outras nações do continente, como a Indonésia.
PLANO DE LOGÍSTICA
Segundo Ferreira, a Vale não tem interesse direto na concessão de ferrovias lançadas pelo plano de logística do governo anunciado oficialmente ontem e cujos leilões devem ocorrer no próximo ano. "São rotas que não estamos envolvidos."
Os investimentos da Vale, diz, têm foco no escoamento de minério de ferro _como a duplicação da ferrovia da Carajás. de sua propriedade. O executivo afirmou, porém, que a