Vagner Monografia
Apesar de muito importantes e destacadas pelo Romantismo, ambas se fazem presentes desde a Antiguidade Clássica, uma através das epopeias e tragédias gregas e outra pelas comédias ou descrição de seres místicos híbridos que sempre fizeram parte das mitologias formadoras das sociedades. Para Victor Hugo, o contraste entre sublime e grotesco é o que dá à Literatura seu ímpeto e nos faz apreciá-la: “[...] como objetivo junto do sublime, como meio de contraste, o grotesco é, segundo nossa opinião, a mais rica fonte que a natureza pode abrir à arte.”. Ao que se acrescenta: “O sublime sobre o sublime dificilmente produz um contraste, e tem-se necessidade de descansar de tudo, até do belo. Parece, ao contrário, que o grotesco é um tempo de parada, um termo de comparação, um ponto de partida, de onde nos elevamos para o belo com uma percepção mais fresca e mais excitada.” Sabe-se que o sublime é definido por diversos teóricos, entre eles Kant, que afirma que o mesmo é uma mistura de prazer e dor sentidos quando frente a algo de magnitude tamanha que nossa razão não é capaz de abarcar sua totalidade. É possível imaginar como seria o total, mas não há como igualar a ideia criada com uma sensação imediata. A dor é causada pela impossibilidade de apreender o objeto ou evento, ao mesmo tempo em que prazer é sentido na tentativa de fazê-lo.
Kant também divide o sublime em “matemático”, quando ligado à grandeza, como podemos observar durantes as descrições do oceano e céu no primeiro canto do poema a ser analisado com mais detalhes a seguir, e “dinâmico”, quando