Vacinas
As vacinas têm papel importante na prevenção de doenças infecciosas. A administração uma vacina deve ser primariamente fundamentada no benefício direto para saúde do indivíduo, o que habitualmente também contribui, direta ou indiretamente, para a proteção da população. A administração deve ser feita com cuidados técnicos que possam garantir segurança e eficácia. Além disto, o ato de receber uma vacina deve ser consciente. É importante que o indivíduo (ou o responsável, no caso de crianças) seja informado dos benefícios esperados e também da possibilidade, mesmo que pequena, da ocorrência de um evento adverso.
Na consulta pré-viagem é necessário, além da atualização do Calendário Vacinal (crianças, adolescentes e adultos), avaliar a necessidade de imunizações complementares. O planejamento é individual, uma vez que deve ser levado em consideração a história clínica e vacinal do viajante, e não somente os riscos relacionados à viagem. As vacinas são indicadas para as pessoas, não para os lugares. Em nenhuma hipótese as vacinas devem ser indicadas apenas devido aos riscos existentes em um lugar. Além disto, a indicação de vacinas não exime o viajante de adotar outras medidas de proteção (como cuidados com consumo de água e de alimentos, a utilização de repelentes e mosquiteiros, uso de preservativos etc). As vacinas, embora possam ser muito eficazes, não são isentas de efeitos colaterais e de falhas e nem estão disponíveis para todas as doenças.
As vacinas podem conferir imunidade de longa duração (como a do sarampo ou a da febre amarela) ou por apenas alguns anos (como a da febre tifóide e as antimeningocócicas polissacarídicas). As vacinas necessárias devem ser aplicadas com antecedência para que produzam efeito protetor adequado (para algumas, como a da hepatite A, é necessário mais de uma dose). Para a maioria das doenças infecciosas (como a malária ou a doença de Chagas) ainda não existem vacinas eficazes.
As vacinas exigidas, em geral,