Vacinas
A primeira vacina foi descoberta por acaso, ou melhor, dizendo pela observação de Edward Jenner. Jenner era um médico inglês nascido em 1749 que sempre teve interesse pelas ciências da vida. Desde seus tempos de menino e mais tarde como estudante intrigava-se com o fato de que as tiradoras de leite ou leiteiras não contraíam a varíola ou então apresentavam somente uma forma branda da doença. No século XVIII, morria na Europa cerca de 400.000 pessoas por ano em decorrência da varíola e os poucos sobreviventes ficavam cegos. Era essencial que se fizesse algo para combater a doença. Em maio de 1796, Jenner encontrou uma jovem leiteira de nome Sarah Nelms que tinha lesões recentes de varíola bovina nas mãos e braço. Ele já suspeitava que o pus destas lesões deveria ter uma substância que protegia as tiradoras de leite de contrair uma forma mais grave da doença e isso ativou sua curiosidade como pesquisador. Usando material extraído das lesões de Sarah, Jenner inoculou um menino de 8 anos, James Phips. Diariamente ele injetava uma pequena quantidade deste material em James até que finalmente ele injetou no menino, o vírus da varíola extraído de uma lesão fresca da doença. James teve um pouco de febre e mal estar, mas não desenvolveu a doença e Edward Jenner conseguiu provar sua teoria de que alguma substância no pus das lesões das tiradoras de leite protegia a pessoa de contrair a varíola. Logicamente que como em qualquer descoberta, ele encontrou muita resistência e enfrentou inúmeros preconceitos no mundo médico conservador da época.
Quem poderia aceitar que um simples médico rural pudesse ter feito tamanha descoberta? Edward Jenner chegou a ser publicamente humilhado ao trazer suas descobertas à Londres. No entanto, o que ele havia descoberto não poderia ser negado e eventualmente teria que ser aceito.
Em 1840, o governo britânico proibiu qualquer outro tratamento para a varíola além do preconizado por Jenner. Jenner