utilitarismo
Bentham, afirma a tese de que o mais elevado objetivo da moral é maximizar a felicidade, assegurando a hegemonia do prazer sobre a dor. De acordo com ele, a coisa certa a fazer é aquela que maximizará a utilidade. Como “utilidade” ele define qualquer coisa que produza prazer ou felicidade e que evite a dor ou sofrimento. Cabe aos indivíduos medir a quantidade de prazer que pode resultar das suas ações, para então decidir se as atitudes devem ou não ser concretizadas.
John Stuart Mill, nascido uma geração após Benthan, reformulou a doutrina tornando-a mais humana e menos calculista. Na qual tenta coincidir o prazer individual com a utilidade da coletividade. Assim para Mill, o principio da utilidade, também conhecido como principio da maior felicidade, não se refere a maior felicidade do próprio agente, mas a de todos afetados por sua ação.
Para os utilitaristas, o que importa são as consequências das ações, elas devem visar o prazer, e somente isso permite avaliar se é uma ação correta ou não.
Apesar de a ética utilitarista defender a maximização do prazer e preterir a dor, é possível tutelar o aborto seguindo a perspectiva utilitária. Como esse modelo de ética tem como principio maximizar o prazer, podemos alegar que a mãe ao abortar o feto age por consciência e com objetivo de potencializar o prazer. Para fortalecer esse argumento criaremos uma situação hipotética. Suponhamos que a mãe realizou esse ato, por motivos econômicos, e psicológicos. A mãe ao abortar evitou o seu sofrimento de não conseguir criar corretamente esta criança, e isso esta gerando prazer, pois esta mulher queria realizar tal ato. Além disso, como o feto