UTI Neonatal
O USO DE MEDIDAS NÃO FARMACOLÓGICAS PARA O ALÍVIO DA DOR NEONATAL
Autor(es)
MAELINE SANTOS MORAIS
Orientador(es)
MARIA CRISTINA PAULI DA ROCHA
1. Introdução
Apesar de a dor ser considerada, hoje, como o quinto sinal vital, a mesma somente foi estudada em neonatos a partir de 1970 devido à crença de que os recém-nascidos (RNs) eram incapazes de sentirem dor por possuírem um sistema nervoso central imaturo e ausência de memória para dor, o que levou muitos neonatos serem submetidos a vários procedimentos invasivos sem o auxilio de analgesia
(BUENO, 2007).
Hoje se sabe que as vias anatômicas transmissoras da dor desenvolvem- se especialmente na vida fetal e nos primeiros meses de vida do RN e existem evidências que os neonatos têm capacidade neurológica para perceber a dor até mais do que os adultos, pois os mecanismos de inibição destes estão imaturos o que limita a capacidade de modulação da dor (CRESCÊNCIO, ZANELATO e
LEVENTHAL, 2009).
Conforme resultado de estudo, a dor pode causar prejuízos ao neonato a curto, médio e a longo prazo. No início, ela pode acarretar irritabilidade, diminuição da atenção e orientação (MEDEIROS e MADEIRA, 2006).
Mais tardiamente pode ocorrer aumento da sensibilidade à dor, com hipersensibilidade aos estímulos dolorosos e não dolorosos, em razão do aumento das ramificações nervosas no local agredido repetidamente e à diminuição do limiar de dor. Além, disso, a dor repetida pode acarretar o aparecimento de problemas de cognição, déficit de atenção e concentração na vida escolar (MEDEIROS e
MADEIRA, 2006).
Nesse contexto, é imprescindível que os profissionais de enfermagem implementem ações adequadas para minimizar o sofrimento do neonato, dentre elas, o reconhecimento da dor por meio de sua avaliação e façam uso dos métodos não farmacológicos para o alívio da dor, evitando efeitos nocivos para o crescimento e desenvolvimento do neonato.
Resultado de pesquisa revela um