Uso terapêutico de células-tronco na doença de parkinson
A Doença de Parkinson (DP) tem progressão neurodegenerativa, sendo primeiramente descrita pelo médico inglês James Parkinson no ano de 1817. Nos Estados Unidos ela afeta cerca de um milhão de pessoas. A idade mais acometida pela DP é aos 60 anos, com incidência maior entre os 50 e 70 anos, existindo a possibilidade de surgir na faixa etária entre 20 a 40 anos.
A DP se caracteriza pela degeneração dos neurônios dopaminérgicos da substância negra, bem como da deficiência de tirosina hidroxilase e por aparecimento de inclusões intracitoplasmáticas ricas em alfa-sinucléina (Corpos de Lewy), não afetando da mesma forma locais dopaminérgicos do Sistema Nervoso Central (SNC). Os neurônios contidos no tronco encefálico, no hipotálamo e no núcleo basal de Meynert, também sofrem extensa degeneração 1.
A progressão da perda neuronal tende a ser maior, cerca de 60 a 70%, na camada ventrolateral da substância negra no surgimento da doença, depois se instaura também nas camadas medial ventral e dorsal. A expressão de transportadores de dopamina influencia na aceleração ou não da degeneração neuronal, assim como a disfunção mitocondrial, o estresse oxidativo, deficiência de fatores neurotróficos e ação do sistema imune 2.
Pacientes com DP apresentam bradicinesia, acinesia, alterações na fala e na escrita, tremores, rigidez muscular, anormalidades de locomoção e instabilidade postural 2.
Os tratamentos usuais para a DP são a base da utilização de medicamentos como a Levodopa que constitui o tratamento considerado mais efetivo atualmente, desde a época em que foi desenvolvida em 1967, atuando no controles os distúrbios motores ocasionados pela doença. Apresenta boa eficiência em aproximadamente 90% dos pacientes, aqueles não tratados com esse medicamento têm estimativa de vida menor, incapacidade ou enfraquecimento dos reflexos posturais. Porém, apresenta maior eficácia nos primeiros 5 a 7 anos, sendo diminuída na sua utilização a grande prazo, onde muitos