Uso racional de energia
UMA QUESTÃO DE MUDANÇA DE MENTALIDADE
Por Maria Cecília S. Figueira
Jantar a luz de velas. Romântico. Comida a lenha. Deliciosa. Uma caminhada ao clarão da lua.Saudável.Emoções de satisfação e bem estar. Mas que tal jantar apenas a luz de velas todos os dias? Ou voltar a cozinhar num fogão a lenha pelo resto da vida? Ou a lua como a única a iluminar o caminho de volta a casa?
A evolução de máquinas e equipamentos tem proporcionado ao ser humano tantas facilidades que às vezes esquecemos de dar valor à energia utilizada na produção de quase tudo que nos rodeia ou no seu uso. Até o nosso próprio corpo precisa de energia para se desenvolver e se locomover. Mas o pior de tudo é que não percebemos o mal uso que fazemos da energia nas mais diversas formas: iluminação, refrigeração, geração de calor, som, cozinhar alimentos, transformar materiais,... Por exemplo, você pagaria um pouco mais por uma geladeira que consumisse menos energia, apesar de não ter aqueles acessórios bonitos da geladeira menos eficiente? A verdade é que raramente conferimos a potência consumida pelos aparelhos que compramos. Isso vale não só para o uso da energia em residências, mas também em alguns setores comerc iais e industriais, onde nem sempre é possível se adquirir crédito para compra de equipamentos que consomem relativamente menos energia.
No ano de 2001, a maioria dos brasileiros experimentaram medidas de racionamento da energia elétrica. Seja no pagamento de taxas mais caras por não atingir as quotas propostas pelo governo, ou pelas medidas implantadas pelos usuários para a redução do consumo, quem sabe pela primeira vez pudemos observar a importância da energia elétrica no nosso bem-estar. Mesmo assim, pudemos contar ainda com outros tipos de energia que, na sua falta, comprometeria todas as nossas atividades. Tínhamos ainda gás de cozinha, a energia química de nossas pilhas e baterias, o combustível de nosso transporte, a energia contida nos alimentos.