Uso indiscriminado da tecnologia na preservação de Documentos Digitais
Uso indiscriminado da tecnologia na preservação dos documentos
Disseram-nos que os documentos digitais durariam para sempre, mas não é bem assim. Estamos acostumados com a idéia que podemos documentar, adequadamente, reuniões, cerimônias e tudo o mais, com fitas de vídeo, com gravações ou fotografias. No entanto, a cada dia esses registros se desgastam e, em alguns anos, não haverá máquinas capazes de lerem vídeos ou fitas de gravação. Isto já está ocorrendo. A NASA americana, que pode ser considerada um grande repositório de informações, já perdeu, irremediavelmente, cerca de 20% dos dados coletados pela nave Viking, em sua missão, em Marte, em 1976, há apenas 25 anos, portanto. Os registros magnéticos tornam-se cada vez mais populares, sendo utilizados como recurso principal de manutenção de informações, nos últimos anos. Estudos recentes, no entanto, calculam que o registro magnético pode não durar muito mais do que dez anos! Disquetes, vídeotape, hds, CD-ROMs são, também, muito vulneráveis a campos magnéticos, oxidação, umidade e simples deterioração. Como a tecnologia avança muito rapidamente, os sistemas de leitura, em pouco tempo, já não leêm documentos antigos. O Arquivo Nacional dos Estados Unidos, por exemplo, registrou em discos ópticos milhares de documentos, agora já legíveis só em um museu de computadores! Começa a prosperar a idéia que os arquivos devam manter museus de máquinas de leitura, em funcionamento, o que não é tão fácil, para que seus documentos possam ser lidos no futuro. A solução sempre sugerida é a transferência, constante e permanente, de todos os dados de um meio eletrônico para outro mais moderno, de modo que estejam todos os dados disponíveis na forma de registro mais recente. Contudo, na prática, sempre ocorrem perdas nessas transferências, com erros de leitura e de transferência de informações. Isto tudo remete a uma questão bastante conhecida