uso do jornal em sala de aula

Uma discussão sobre “O fim do mundo antigo” numa perspectiva da linguagem, historiografia e filosofia

Resumo

Este trabalho tem como objetivo refletir acerca das questões relacionadas à historiografia, a linguagem e a Filosofia, tendo em vista a grande relação existente entre elas. É evidente que o homem enquanto construtor da história, ele a constrói a partir dessa sua faculdade fundamental que é a comunicação. Nesse contexto pode-se discutir as grandes questões referentes às transições ocorridas da Antiguidade para a Idade Média, sendo esse evento um grande momento para estudiosos se debruçarem tanto no estudo da linguagem como da historiografia, considerando também seus aspectos intrínsecos. É nesse palco da reflexão, do pensamento filosófico que foi possível um aprofundamento no campo da historiografia e da linguagem. Desde o período clássico, reflexões filosóficas foram realizadas sobre como conhecemos o mundo. Assim, a linguagem verbal esteve sempre presente na agenda teórica de todo ensinamento ocidental. Aristóteles já previa uma relação do mundo com a linguagem.

Introdução

Partindo do princípio de que a transmissão do conhecimento não é suficiente para garantir a sólida construção do sujeito histórico, capaz de interferir nos rumos da sua vida e na do grupo social a que pertence, podemos dizer que é necessária a preocupação do homem em desvendar os liames que separam ou fundem a linguagem da realidade que o norteia. A narrativa humana, bem como os conhecimentos dos bons textos, das boas estruturas lingüísticas que traduzem tais narrativas não garantem a constituição de um sujeito histórico capaz de agir com adequação para uma sociedade melhor. Em toda história dos estudos sobre a linguagem, grandes questionamentos foram feitos acerca da relação entre as palavras e o mundo. Este trabalho tem como objetivo discutir várias concepções sobre a linguagem e realidade social, destacando o quadro teórico de Norman Fairclough (1989,