Uso do composto de lixo urbano na agricultura
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
CAMPUS DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA
NÍVEL MESTRADO
USO DO COMPOSTO DE LIXO URBANO NA AGRICULTURA
PROFª. DR.ª ADRIANA MARIA DE GRANDI
ENG.ª AGRO.ª VIVIANE RUPPENTHAL
MARECHAL CÂNDIDO RONDON – PR
2009
REVISÃO DE LITERATURA
Uso do composto de lixo urbano na agricultura
Uso de composto de lixo urbano: aspectos gerais
Nos últimos anos, a produção de lixo vem crescendo consideravelmente. Brasil produz 241.614 toneladas de lixo por dia, onde 76% são depositados a céu aberto, em lixões, 13% são depositados em aterros controlados, 10% em usinas de reciclagem e 0,1% são incinerados; sendo que do total do lixo urbano (OLIVEIRA et al., 2005). Um dos grandes problemas ambientais da atualidade diz respeito á disposição de resíduos sólidos de origem domiciliar. Tais resíduos, quando dispostos no solo sem tratamento e em grandes quantidades, provocam graves problemas de contaminação ambiental (Kiehl, 1985; Jardim et al.; 1995; Alves, 1998) e sanitários, tornando-se foco de inúmeras doenças. O crescimento desordenado das populações urbanas, os crescentes níveis de desemprego aliados ao baixo nível educacional têm contribuído para o agravamento desta situação. Os resíduos domiciliares são constituídos por 50 a 60% de material orgânico, e a sua reciclagem, por meio do processo de compostagem e posterior aplicação agrícola, é uma maneira eficiente de reduzir o volume de material destinado aos aterros sanitários (Hernández et al., 1992; Grossi, 1993) e minimizar os problemas de ordem social. O composto obtido do lixo é um adubo orgânico com boas características agronômicas, atuando na melhoria de propriedades físicas, químicas e biológicas do solo (Kiehl, 1985; Nakagawa, 1992). A distribuição em áreas agrícolas parece ser a opção de disposição mais vantajosa do ponto de vista econômico, por ser um material de fácil aquisição