Concurso bibliex feb
Oito de maio de 2005, Dia da Vitória, sessenta anos. O que será que esta data representa para as novas gerações? Será apenas mais um dia comemorado pelos militares, e por uns poucos estudiosos e saudosistas? Afinal, o que tudo isso tem a ver com eles, com o mundo que conhecem, no qual vivem? E o Brasil, por que cargas d’água foi se meter numa guerra fora das Américas? Qual a razão para mandar brasileiros arriscarem, e alguns perderem, a vida em um teatro de operações europeu? Tais indagações nos remetem a um outro fato tão preocupante e tão urgentemente prioritário. A cada ano que passa se avolumam as baixas nas colunas restantes da FEB. Nossos valentes e estimados pracinhas que sobreviveram a Segunda Grande Guerra Mundial, que voltaram do front italiano, estão perdendo sua última batalha para o mais incansável, implacável e determinado oponente de todos, o tempo. Não se trata apenas dos últimos alentos de uma geração de valentes e de abnegados soldados e concidadãos, como poucos em nossa história, e mesmo na da humanidade, mas, também, de uma corrida para salvar sua memória, para resgatar e preservar seu ilibado e heróico legado, para que o futuro lhes reserve algo mais do que um mero verbete em uma enciclopédia ou uma curta e sucinta citação em uma página de um livro didático. Qualquer objetivo que se pretenda alcançar só o será se conhecermos mais detidamente, e mais profundamente, a missão a que nos propomos efetivamente cumprir. Para que se possam cerrar fileiras nesse embate pelo resgate desta parte épica de nossa memória nacional é preciso, primeiramente, saber os “por quês” , os fatos, as condições se época, os cenários interno e externo, as razões de Estado e da política internacional, que fizeram com que trilhássemos os caminhos da belicosidade. O Estado Novo, instituído por Getúlio Vargas, em 1937, apresentava matizes que nos