Uso de pipetas Biomedico
O padrão é o analito purificado, ou seja, a substância que será testada, dissolvida em água ou álcool juntamente com conservantes. Ele geralmente acompanha o kit que o laboratório compra. As propriedades físico-químicas são muito diferentes da amostra humana.
Serve, principalmente, para a calibração de equipamentos manuais e semi-automáticos. Então, podemos dizer que o padrão é um tipo de calibrador.
Exemplo
Vamos supor que você está fazendo a dosagem de uma glicemia de jejum em aparelho manual (espectrofotômetro).
A solução padrão que veio com o kit, nesse caso, já está dissolvida em água contento 100 mg/dL de glicose.
Você terá que pipetar em três tubos: um para o branco (B), um para o teste (T) e um para o padrão (P).
Então, faz-se a incubação e leitura no aparelho, anotando os resultados em um papel. Agora precisamos calcular o resultado.
A fórmula da glicose, para esse kit, é a seguinte:
O número 100 não veio do além. Ele é o valor da concentração da solução padrão.
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Nesse caso, sem o padrão não seria possível determinar a glicemia do paciente. Geralmente os laboratórios não fazem a dosagem do padrão todas as vezes. Eles fazem uma média de pelo menos três dosagens e utilizam-na em todos os testes.
Nos aparelhos semi-automáticos, você calcula essa média, e depois determina o fator e o armazena na memória do equipamento. Cada exame tem o seu fator. É esse fator que o aparelho utilizará para fazer as contas e te dar os resultados prontos, sem você ter que calcular um por um.
Alguns aparelhos automáticos também utilizam o padrão como calibrador, mas esse já assunto para outro post. Em breve falarei sobre soro