Uso De Fra Es
É preciso ir além de "uma pizza dividida em pedaços iguais" para a moçada dominar o trabalho com as representações fracionárias
Bianca Bibiano (bianca.bibiano@fvc.org.br)
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Quando você propõe atividades que exigem lidar com as representações fracionárias, os estudantes costumam emperrar em pontos básicos, como somas que têm denominadores diferentes e comparações entre grandezas?
A saída para que eles superem essas dificuldades é desenvolver um estudo focado em dois conceitos fundamentais que envolvem os números racionais: a equivalência (que, nunca é demais lembrar, não é a mesma coisa que igualdade) e os diversos significados e usos de números como 1/2 e 189/15.
Dominando esses pontos, os alunos vão conseguir resolver os problemas de maneira mais autônoma, podendo fazê-lo sem ter de se ater obrigatoriamente às técnicas mais usuais, como é o caso do cálculo do mínimo múltiplo comum (MMC) e do máximo divisor comum (MDC). "Também poderão escolher lidar com as representações fracionárias ou decimais correspondentes", diz Horacio Itzcovich, coordenador da equipe de Matemática da direção de currículo de Buenos Aires, na Argentina. E mais: vão perceber que as frações aparecem em diferentes contextos, e não somente na ideia de parte e inteiro.
Diferentes usos das frações
Usar o conceito de parte para compreender o inteiro
Pode parecer estranho para quem domina os conteúdos matemáticos, mas os alunos geralmente não concebem com facilidade que 12/24 é um número e está inserido na reta numérica, tal como 0,5, 243 e -1.986 (leia a sequência didática). Muito menos que a fração é um dos jeitos (não o único) para apresentar um valor - nesse caso, 12/24 é o mesmo que 3/6 ou 0,5. Explorando esse cenário, você os ajuda a compreender melhor esse conceito e também a noção de equivalência (leia os quadros na próxima página com dois problemas e alguns possíveis equívocos cometidos pelos