Uso da vinhaça para geração de energia elétrica
Suelem Correia GARCIA¹; Rutiele Tamara Januário RODRIGUES¹; Júlio César Benfenatti FERREIRA².
¹Estudante de Engenharia de Produção do Instituto Federal Minas Gerais (IFMG) campus Bambuí. Rod. Bambuí/Medeiros km 5. CEP: 38900-000. Bambuí-MG. ²Professor Orientador - IFMG.
RESUMO
A produção de etanol ganhou destaque através da criação do programa Proálcool, que ofereceu incentivos às agroindústrias brasileiras, consequentemente aumentando o descarte incorreto de resíduos industriais, entre eles a vinhaça. O trabalho através do uso de entrevistas e visitas teve como objetivo a análise sob o processo produtivo do etanol em uma agroindústria canavieira e bioenergética localizada na região centro-oeste de Minas Gerais, com capacidade produtiva de aproximadamente 1.000.000 litros/dia de combustível e 10-14 litros de vinhaça por um de etanol. A vinhaça residuária por conter um alto teor de matéria orgânica é reutilizada no campo através da fertirrigação, porém é constituída por uma grande demanda química de oxigênio, consequentemente favorecendo a desvantagem de seu uso ao solo. Uma das alternativas de amenização desse problema é a produção do biogás a partir de biodigestores anaeróbicos. Por ser um processo de maior complexidade recomenda-se a utilização do reator UASB, devido ao seu desempenho, alta viabilidade econômica e por reduzir consideravelmente o índice de DQO (Demanda Química de Oxigênio) poluidor na fertirrigação. Além de reduzir o índice poluidor, o UASB transforma a biomassa em energia elétrica, consequentemente, por ser uma fonte renovável de energia, contribui para o aumento da matriz energética do país.
Palavras-chave: vinhaça, fertirrigação, UASB.
INTRODUÇÃO
O etanol, combustível renovável originado da biomassa da cana-de-açúcar, ganhou destaque no ano de 1970 devido à crise do petróleo; este cenário contribuiu para que o governo propusesse novos incentivos à produção