Usinas nucleares - desvantagens e vantagens
As usinas de energia nuclear surgiram após a Segunda Guerra Mundial. A busca pela bomba atômica só fez acelerar as pesquisas práticas de física nuclear. Do raio-X do final do século 19 até as usinas nucleares, a questão da energia atômica sempre causou polêmica. Afinal, com energia atômica se matou cerca de 250 mil japoneses em Hiroshima e Nagasaki. Para os defensores dela, a energia atômica também salvou muitas vidas com a medicina nuclear. Especificamente as usinas nucleares, que respondem hoje por 16% de toda energia produzida no mundo, tiveram uma história de altos e baixos. A constatação da possibilidade de criar energia a partir de isótopos aconteceu em 1939, quando os cientistas Otto Hahn e Fritz Strassman em Berlim conseguiram produzir a fissão nuclear. Mas a invasão nazista à Polônia dava início a Segunda Guerra Mundial e os interesses estavam voltados para as bombas. Passada a guerra, a corrida armamentista continuou e, paralelamente, começou-se a discutir a produção energética por meio da fissão nuclear. O primeiro reator nuclear experimental surge em Idaho, Estados Unidos, em dezembro de 1951. Em 1953, o presidente norte-americano Eisenhower propõe o programa “Átomo pela paz”. Um ano mais tarde, a União Soviética instala sua primeira usina nuclear. As primeiras usinas nucleares comerciais começam a surgir alguns anos depois. A França, o país que mais depende de usinas nucleares no mundo, coloca a sua primeira em funcionamento em 1959. Os Estados Unidos, em 1960. A União Soviética, em 1964. Um monte de usinas foram criadas até o final dos anos 70. Nos anos 80, houve uma estagnação, ratificada pelo fantasma que o acidente de Chernobyl, em 1986, na Ucrânia. Os investimentos nucleares voltaram a se intensificarem a partir desse século. O argumento de que as usinas nucleares não emitem gases poluentes acabou impulsionando o setor. Os Estados Unidos, por exemplo, que haviam anunciado o fim dos investimentos nesse tipo de energia voltou a investir.