1. Introdução O presente texto busca uma reflexão sobre o Urbanismo enquanto campo do conhecimento que se aplica ao estudo e investigação sobre a realidade do espaço urbano (e regional) e suas manifestações concretas, o que permite então agir, planejar e gerir este espaço. É feita uma reflexão crítica sobre o mesmo, desde quando surgiu como suposta ciência que estuda a cidade e intervêm nos seus espaços. Para tanto é realizada uma revisão bibliográfica de vários autores que abordam o seu conceito sob diversos prismas. Escrever este artigo se faz por uma preocupação pela maneira que o Urbanismo é entendido no ambiente profissional, em instituições públicas, empresas e organizações sociais que são agentes de planejamento urbano e regional, e também da gestão, assim como nas Universidades e centros de pesquisa voltados para o estudo da cidade, da questão urbana. Em busca de intervir no espaço urbano, temos sempre a palavra “Urbanismo” empregada para denominar uma área de conhecimento ou uma técnica de intervenção nestes espaços, e até mesmo uma ciência de planejamento e organização dos espaços urbanos. Assim ouve-se falar em “planos de Urbanismo”, “Urbanismo Moderno”, “Código de Urbanismo e Obras”, etc. Deste modo, diante das diversas aplicações do termo e da complexidade do mesmo tende-se se criar distorções, sem uma discussão em torno do seu conceito, sua epistemologia. Porém sabe-se que este termo aparece historicamente, e geralmente, empregado quando há referências à elaboração de conjunto de propostas de intervenção física no espaço urbano, especialmente no seu traçado, para o seu embelezamento ou melhoria da infra-estrutura especialmente, ou para melhorar o saneamento e a circulação, utilizando-se de técnicas de arquitetura ou de engenharia. O texto divide-se em cinco partes, a primeira parte trata do Urbanismo e o estudo da cidade; na segunda parte aborda-se o seu conceito, além do surgimento enquanto campo do conhecimento; na terceira parte,