Unidade e luta: contradições da relação entre capitalistas e assalariados
Não será necessário falar da unidade histórica que existe entre ambas as classes, pois na história ela ficou. É de maior importância, destacar que mesmo com a repulsão das classes, há processos movidos pelos dois na sociedade e esses processos levam a um mesmo fim, a um mesmo produto. Processos originados pelo capital, a saber, a produção e a circulação de mercadorias e riquezas. Essa sim, será uma unidade digna de observação!
É evidente que um processo de unidade se estabelece como um todo, pois o capitalista individual e seus assalariados entram com recursos particulares no processo de produção: o primeiro entra com o capital, na verdade ele ja é o capital personificado. Esse item é materializado em dinheiro, objetos e meios de produção. O outro grupo, possuidor apenas de uma mercadoria, a sua própria força de trabalho, a cede, por um tempo ao capitalista. Tempo determinado, é importante lembrar, por “vontades” dos dois. Enquanto vontade do primeiro, é o tempo que o trabalhador lhe for útil. Ao segundo, essa vontade se exprime pela vontade de não morrer de fome.
Chegamos ao ponto em que, de fato, as classes se unem: a produção; nela há produção de valores-de-uso, possuidores de valor-de-troca, por processarem trabalho na sua composição. É a partir dos valores-de-troca que se pode mensurar uma categoria importante: a mais-valia.