Unidade IV Em Resumo
Nesse sentido a Antropologia da Educação é resultado de uma reinterpretação dessas abordagens, aplicando-as em situações localizadas e contextuais, intentando alcançar o máximo de clareza acerca dos processos pedagógicos. Vale relembrar essas abordagens:
Ao recuperar-se as abordagens de Émile
Durkheim, pode-se concluir que a educação deve ser compreendida, de forma geral, como um processo de socialização que objetiva incutir nas consciências individuais valores e regras sociais.
Nos estudos empreendidos por Margaret Mead, se torna possível compreender que é por meio da educação que internalizamos padrões comportamentais que jugamos como “naturais”, como os modos de ser “masculinos” e
“femininos”, por exemplo.
Para Pierre Bourdieu, o modo como é aplicada educação gera um ponto de vista que a interpreta como um ato de violência simbólica empreendido por certas instâncias de poder (grupos dominantes) para reforçar postos hierárquicos entre as classes sociais e perpetuar desigualdades econômicas.
Michel Foucault e Erving Goffman acrescentaram ainda que a modernidade é caracterizada pelo exercício de controle sobre as corporalidades e subjetividades dos indivíduos por meio de um conjunto de instituições, dentre elas a escola, que teria papel fundamental nessa prática de poder.
O marxismo, com sua proposta de interpretar o mundo de forma dialética, analisou a educação e a escola como estruturas de dominação utilizadas pelas classes dominantes. Entretanto, a escola e a educação teriam ainda seu lado revolucionário, e, se utilizadas de forma
“correta”, seriam capazes de gerar uma sociedade mais igualitária e justa. Essas abordagens estão substancializadas nas contribuições de Louis
Althusser e Antonio Gramsci.
Bauman, ao se debruçar sobre temáticas como
Modernidade e Globalização, propôs que as novas tecnologias informacionais,