Umidade madeira
DE RESISTÊNCIA E RIGIDEZ DA MADEIRA
Norman Barros Logsdon 1 & Carlito Calil Junior 2
Resumo
A norma brasileira para o projeto de estruturas de madeira foi alterada, recentemente, abandonando o método determinista das Tensões Admissíveis e adotando o método probabilista dos Estados Limites. Seguindo tendência mundial, a atual norma brasileira, estabelece um teor de umidade de referência de 12%, para o qual devem ser reportados os resultados dos ensaios. Dificilmente se conseguirá condicionar a madeira, com um teor de umidade de exatamente 12%, para o ensaio, portanto será necessário corrigir os resultados do ensaio para este teor de umidade. A atual norma brasileira propõe expressões, para fazer esta correção nas propriedades de resistência e de rigidez da madeira, baseando-se em poucos resultados de ensaios. O objetivo deste trabalho é aferir as expressões propostas pela norma brasileira, sugerindo as alterações necessárias, bem como apresentar proposta para a correção da densidade aparente, não prevista na norma brasileira. Para garantir uma base experimental adequada, estudou-se a influência do teor de umidade sobre as propriedades de resistência à compressão paralela às fibras, tração paralela às fibras, cisalhamento paralelo às fibras (no plano radial-longitudinal), bem como sobre o módulo de elasticidade longitudinal e a densidade aparente, em sete diferentes espécies de madeira, correspondentes às sete classes de resistência adotadas pela atual norma brasileira. Conclui-se o trabalho apresentando uma proposta para correção das propriedades de resistência e rigidez ao teor de umidade de 12% e também uma proposta para a correção da densidade aparente.
Palavras-chave: madeira; teor de umidade; resistência; rigidez.
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INTRODUÇÃO
Há muito tempo sabe-se que a resistência da madeira varia com seu teor de umidade. Com o aumento do teor de umidade da madeira observa-se uma diminuição em sua