Uma revisão sobre a prescrição eletrônica
Resumo: O sistema de prescrição eletrônica surgiu como uma estratégia para redução de erros no uso da medicação. Objetiva-se, com a sua implantação, produzir prescrições mais legíveis; proporcionar acesso rápido à informação, promover maior integração com os serviços de farmácia e de enfermagem, além de fornecer apoio à decisão do médico com informações sobre superdoses, alergias, freqüência inadequada. Entretanto, a implantação desse sistema não assegura o final dos erros, pois enfrenta empecilhos como a resistência dos profissionais da saúde em operar sistemas eletrônicos, a indisponibilidade de sistema adequado e de suporte técnico e alegação, por parte de alguns médicos, de que o uso dessa tecnologia enfraquece a relação médico-paciente.
Palavras-chave: Prescrição de medicamentos, prescrição eletrônica, erros na medicação.
Introdução
Este trabalho de revisão de artigos já publicados pretende expor uma análise dos sistemas informatizados, no campo da prescrição eletrônica, na área da saúde. Tais sistemas se expandiram, principalmente quando o Institute of Safe Medications Practice (ISMP) estabeleceu o ano de 2003 como o ano para se eliminar completamente a prescrição manual e adotar a prescrição eletrônica. Desde sua expansão, é crescente, em todos os países, a implantação e consequente uso da Prescrição Eletrônica, já sendo possível determinar a motivação e a necessidade para tê-la. Neste viés, o presente artigo visa estabelecer de que forma esse sistema, na prática, funciona, bem como salientar seus aspectos positivos e negativos e alterações nos índices de erros médicos e dificuldades ou não de aceitação da classe médica. No Brasil, o primeiro exemplo de uso ocorreu com o desenvolvimento do sistema informatizado de prescrição eletrônica em maio de 1997, tendo como cenário o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde e