Uma prévia de história da psicologia
A psicologia enquanto ciência tem suas primeiras raízes nos filósofos gregos, mas só se separou da filosofia no final do século XIX. A palavra Psicologia segundo Bock (1999), etimologicamente significa o estudo da alma, esta compreendida como a parte imaterial do Homem. Figueiredo e Santi (2000) propõem que a psicologia de forma científica, surgiu pela necessidade constante do ser humano precisar compreender a si mesmo e, por conta disso, entender a funcionalidade da alma. A partir de Sócrates (9469-399 a.C.) é que se inicia o processo de solidificação da psicologia. Sua preocupação estava no entendimento de que a razão existente no homem é que o separava/diferenciava do animal, ou seja, era característica para a compreensão da irracionalidade. Sucessor e discípulo de Sócrates, Platão (472-347 a.C.) tratou do caráter imortal da alma, ou seja, o homem é composto de corpo e alma ligados pela medula. Na morte do corpo (matéria) a alma fica livre para ocupar outro corpo, tornando-se imortal, assim concebendo a idéia de dissociação. Não obstante, Aristóteles (384-322 a.C.), aluno de Platão, discorda da idéia de dissociação do corpo e da alma. Para ele cada ser tem a alma (psyché) como princípio ativo da vida, e evolui em escala. Por exemplo, a planta teria uma alma vegetativa o que a permiti alimentar e reproduzir. Já a alma do animal, além de possuir característica vegetativa seria acrescida a sensitividade. E por fim a alma do Homem, aquela que engloba características vegetativa, sensitiva e racionalidade, esta última permitindo o pensamento. Até então, a filosofia e o foco dos pensadores eram corpo/matéria e alma do ser. A partir da era cristã, mais precisamente com o surgimento do
poder do Império Romano, a psicologia passa a ser relacionada com o conhecimento religioso, uma vez que a Igreja Católica era a suposta detentora do saber, ou seja, comprovação pela manifestação divina no Homem, como a busca pela perfeição em