Uma propaganda racional para uma ideologia irracional: Uma análise da propaganda nazista
DISCENTE: Rafael Martins Spina
DISCIPLINA: Filosofia das Ciências Humanas
DOSCENTE: Sinésio Ferraz Bueno
MARÍLIA
2013
De tantas coisas vistas no Ensino Médio, uma das que mais me intrigava era saber como o regime nazista pudera ter dado certo, conquistando uma verdadeira legião de seguidores, como uma política tão cruel contra os judeus. Um regime que, aliás, não era exclusivo da Alemanha. Um pouco antes, na ponta Sul do Continente, surgia o precursor do nazismo, o fascismo. Esse que é, na realidade, a base de toda a política nazista, sendo esta apenas a sua adaptação aos moldes alemães. Daí a dúvida fica ainda maior: como pôde este regime ter conquistado dois países, ao mesmo tempo, europeus (e deixado um legado de vários seguidores, principalmente no Estados Unidos, até hoje)?
Dois autores expuseram muito bem o assunto e conseguiram alcançar uma explicação que me pareceu, no mínimo, sensata para à minha dúvida. Sigmund Freud e Theodor Adorno. O primeiro escrevia ainda em 1921 e, apesar de não ter visto nenhum dos dois regimes em seus auges, conseguiu prever o quanto eles fariam “sucesso”, usando apenas a psicologia (como sabemos, Freud não se utilizava de argumentos em que não dominava, como a Ciência Política ou a Sociologia, por exemplo). O outro já havia passado não só pelo auge do nazi-fascismo como também pelo seu declínio. Adorno se utilizará da teoria freudiana para chegar à uma conclusão sobre como o regime conquistou tantos seguidores. Este, porém, não era um psicanalista, mas sabia muito bem estudar grandes massas. Sociólogo de cunho marxista, Adorno se utilizará da psicologia psicanalítica para estudar um fenômeno de massas, nada que Freud já não tenha feito, porém sem tanto domínio da Sociologia, fundamental para se ter uma confirmação um pouco mais concreta dos fatos expostos, nesse caso.
O regime nazista se sustentou até