Uma breve análise do Ministério Pastoral na Atualidade
UMA BREVE ANÁLISE DO MINISTÉRIO PASTORAL NA ATUALIDADE.
O ministério pastoral de um modo geral tem vivido dias difíceis. E a maior dificuldade reside não no número de pastores, mesmo tendo em vista a grande necessidade do Reino de Deus, o grande número de igrejas e ovelhas, especificamente no Brasil. O Senhor Jesus havia nos alertado que, a despeito de qualquer panorama favorável, deveríamos rogar ao Senhor da Seara para que envie mais trabalhadores para a sua Seara. (Mateus 9:36-38 NVI)
Não, não é sobre esta dificuldade a que me refiro, ela é mais sútil, imperceptível para muitos, entretanto, escandalosamente visualizada por aqueles que lutam, anseiam e oram afim de resgatar as origens do ministério pastoral. Esta enorme barreira se concentra no entendimento que se tem sobre o ministério pastoral, na sua essência, no modelo que tem sido propagado, ensinado, vivido e eficazmente defendido sobre o mesmo. Nas últimas décadas, aquilo que significa ser pastor tem sido sorrateira e furtivamente influenciado por conceitos da cultura e da profissionalização do pastorado.
Como bem disse Eugene Peterson (Peterson, 2000, p.1), professor de Teologia Espiritual do conceituado Regent College no Canadá:
"Os pastores estão abandonando seus postos, desviando-se para a direita e para a esquerda, com frequência alarmante. [...] O que estão abandonando é o posto, o chamado. Prostituíram-se após outros deuses. Aquilo que fazem e alegam ser ministério pastoral não tem a menor relação com as atitudes dos pastores que fizeram a história nos últimos vinte séculos."
A continuidade está sendo sutilmente quebrada, o valor da palavra pastor é enxovalhada dia após dia, e assim perdendo o seu significado original. A Igreja do Senhor Jesus está sendo delegada a homens que não entenderam o que significa ser pastor de ovelhas. São líderes visionários, administradores eficientes, hábeis contadores, gerentes de departamento, brilhantes marqueteiros mas não são pastores de ovelhas.