Uma apreciação crítica da obra “Discurso do Método”, de René Descartes.
Descartes, racionalista europeu, em o Discurso do Método traz a tona uma reflexão a respeito do pensamento, e desta forma questiona os conhecimentos e o conduz a busca incessante por uma verdade absoluta qual seja indubitável e evidente, por meio da dúvida. Deste modo utiliza-se das ciências, principalmente as Matemáticas (Lógica, Geometria e Álgebra), por serem certas, para conduzir a razão (bom senso), e prova a existência soberana e a perfeição de Deus, além da dualidade: corpo e alma. E na obra nota-se claramente um paralelo entre filosofia, teologia e as Ciências.
Mais que um relato sobre o caminho que o conduziu a um meio de gradualmente aumentar seu conhecimento, a obra é tida como “o prefácio do pensamento moderno” (DESCARTES, O Discurso do Método – p. 23), tornando-se um célebre representante na era moderna da Epistemologia, modernizando a filosofia investigativa da natureza, as fontes e validades do conhecimento, previamente discorrida por Platão, e tendo como legado outros ilustres filósofos como Locke.
O conhecimento é como a civilização, pouco a pouco vai se moldando, sendo desenhado pelo tempo e pelas opiniões das pessoas, contudo tais opiniões muitas vezes precisam ser reformuladas, apenas recusadas como Descartes propõe, para assim então nivelar-se com a razão, e chegar ao patamar soberano de conhecimento, elevando-o para além da realidade. Algumas distinções foram feitas, começando por:
O bom senso é a cousa mais bem-repartida deste mundo, porque cada um de nós pensa ser dele tão bem-provido, que mesmo aqueles que são mais difíceis de se contentar com qualquer cousa não costumam desejar mais do que o que têm. Não é verossímil que todos se enganem; ao contrário, isto mostra que o poder de bem julgar e de distinguir o verdadeiro do falso, que é propriamente o que se chama de bom senso ou razão, é naturalmente igual em todos os homens [...] (DESCARTES, p. 27, 2011)
Assim o